A cana cortada é uma foice.
Cortada num ângulo agudo,
ganha o gume afiado da foice, um dar-se
mútuo.
Menino, o gume de uma cana
cortou-me ao quase de
cegar-me,
e uma cicatriz, que não guardo,
soube dentro de mim guardar-se.
A cicatriz não tenho mais;
o inoculado, tenho ainda;
nunca soube é se o inoculado
(então) é vírus ou vacina.
(FIM)
João Cabral de Melo Neto
***
Dizer mais o quê?
terça-feira, 19 de fevereiro de 2008
Assinar:
Postar comentários (Atom)
3 comentários:
estou fazem do um trabalho do joao cabral de melo neto ele é bom pacaramba
adorei
Os poemas dele fala reaalmente a infancia dele pppppaaaaarrrrrabbbbeeeeeennnnns
Postar um comentário